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Pacientes com distrofia simpático-reflexa que receberam Acupuntura tiveram bons resultados, aponta pesquisa publicada no jornal de pediatria do Rio de Janeiro em 2004.
A distrofia simpático-reflexa (DSR) é caracterizada por uma dor intensa e persistente, em um dos braços. A dor é associada à queimação, hiperalgesia ao frio e sinais clínicos de disfunção do sistema nervoso autônomo (cianose, edema, frio e alteração de transpiração local).
Especialistas a denominam como algodistrofia, causalgia, atrofia de Sudeck, síndrome ombro-mão, neuroalgodistrofia, distrofia simpática pós-traumática ou síndrome dolorosa regional complexa tipo um.
Alguns autores apontam que a doença é decorrente de um mecanismo neuronal reflexo após um evento de trauma físico (batida, acidente, etc), que leva à percepção anormal da dor. E justamente, em mais de 60% dos casos há história efetiva de trauma. No entanto, os especialistas apontam causas psicológicas, instabilidade emocional, depressão, mania e insegurança como possíveis causas da doença.
A distrofia simpático-reflexa pode surgir em crianças que apresentam um perfil de perfeccionismo ou empreendedorismo exagerado, podendo ser agravado por fatores estressantes próprios da idade, como divórcios ou morte de familiares, mudanças na escola, etc.
RESUMO: Descrever as características clínicas, laboratoriais e terapêuticas de oito crianças com distrofia simpático-reflexa.
DESCRIÇÃO: Foram analisados retrospectivamente oito casos de distrofia simpático-reflexa. O diagnóstico foi baseado na presença de dor no segmento distal de um membro, edema local, alterações vasomotoras e de sensibilidade.
Dentre os oito pacientes com distrofia simpático-reflexa, dois eram portadores de lúpus eritematoso sistêmico (mais), um de artrite idiopática juvenil e um de trombastenia de Glanzmann. Quatro eram meninas, e a média de idade foi de 11,5 anos.
Os membros inferiores foram acometidos na maioria dos pacientes (7/8), e as características clínicas mais marcantes foram dor, edema e alterações vasomotoras da extremidade afetada (7/8), incapacitação funcional (7/8) e alterações de sensibilidade (3/8). A velocidade de hemossedimentação esteve alterada em três pacientes, e a cintilografia músculo-esquelética em cinco.
Todos os pacientes receberam antiinflamatórios não-hormonais e fisioterapia, com melhora clínica observada em sete pacientes em até 6 meses de tratamento. Três pacientes foram submetidos à Acupuntura, com boa resposta. Um paciente teve curso de difícil controle, tendo recebido antidepressivos tricíclicos e apresentando melhora após mais de um ano de tratamento.
COMENTÁRIOS: A distrofia simpático-reflexa é uma doença que deve ser incluída no diagnóstico diferencial das dores em membros na infância, para que se estabeleça o diagnóstico precocemente, evitando-se, assim, prejuízo funcional a médio e longo prazo.
AUTOR(ES): Lotito, Ana P. N.; Campos, Lúcia M. M. A.; Dias, Marialda H. P.; Silva, Clovis A. A.
TÍTULO: “Distrofia simpático-reflexa”
FONTE: J. Pediatr. (Rio J.) 80(2): 159-162, TAB. 2004 Apr.
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